Dj alma: Eu fui ontem assistir esse magnífico filme e vibrei dentro da sala do cinema Moviecom do Praia Shopping. Fui sozinho, mas com a maior vontade de ver o que esperei tanto tempo. O resultado enfim foi mais do que o esperado. Bombou. não consegui ficar quieto na poltrona e vibrei até o fim. Esperei a cena após os créditos e tudo mais. Os Vingadores é sem dúvida um dos maiores e mais bem feitos filmes de todos os tempos.
Vou postar aqui a Crítica mais legal encontrada entre os sites amigos especializados no assunto, do Actions e Comics. Depois posto mais alguma coisa de minha autoria.
O maior encontro de heróis da história do cinema valeu cada minuto de espera
Não consigo
imaginar um filme que tenha criado mais expectativas do que “Os
Vingadores”. Desde o momento em que saímos do cinema em 2008, após
assistir “Homem de Ferro”, a Marvel vem nos provocando com a proposta de
uma aventura que reuniria todos os seus maiores heróis.
E esta proposta
somente foi reforçada nos anos seguintes, como “O Incrível Hulk”,
“Homem de Ferro 2”, “Thor” e “Capitão América – O Primeiro Vingador”.
Com o tempo, a mera escala deste projeto tornou ainda mais difícil a
missão do diretor Joss Whedon de corresponder a tudo que os fãs tanto
aguardavam.
Bem, após
finalmente ver a “Os Vingadores”, falo com certeza que este é um dos
melhores filmes de super heróis que eu já assisti.
Aqui, Loki (Tom
Hiddleston) retorna com planos para utilizar o Tesseract, o cubo com
poderes cósmicos que vimos em posse do Caveira Vermelha em “Capitão
América – O Primeiro Vingador”. O deus da trapaça não veio despreparado e
trouxe consigo um grotesco e violento exército vindo de outro mundo.
Após os primeiros passos de seu plano serem dados, a Terra tem apenas
dias para existir.
O diretor da
S.H.I.E.L.D, Nick Fury (Samuel L. Jackson), une os heróis com quem
manteve contato nos últimos anos, forma os Vingadores e preocupa-se em
fazer a equipe funcionar da melhor maneira possível. Claro, as coisas
não acontecem sem problemas, mas eventualmente, os personagens fazem por
merecer o título de “Os Maiores Heróis da Terra”.
A trama não é
exatamente inovadora, especialmente para quem passou os últimos meses
acompanhando todas as novidades sobre ela. Mas eu sempre digo que uma
história bem feita é sempre preferível a uma ideia 100% nova que acabe
sendo mal executada. Principalmente porque estas quase não existem mais.
O longa não tem
pressa em acontecer. Sim, é um “blockbuster” da melhor qualidade, com
cenas de ação de fazer os olhos saltarem, mas tais momentos não são
arremessados em nosso colo a cada dois minutos como acontece nos
trabalhos de por exemplo… Michael Bay. Os combates e momentos de
adrenalina não tem problemas em ceder espaço para o desenvolvimento de
personagens e diálogo. Sim, já conhecemos o Capitão América (Chris
Evans), Thor (Chris Hemsworth) e os demais, sim, eles já foram
estabelecidos em seus próprios filmes, mas o fizeram como indivíduos.
Agora, temos a chance de vê-los agindo em conjunto e é necessário tempo
para que possamos nos acostumar a esta nova faceta dos mesmos.
Por exemplo,
Tony Stark (Robert Downey Jr.) e Bruce Banner (Mark Ruffalo) possuem uma
afinidade quase instantânea. Ambos são homens da ciência, racionais,
que avaliam todas as possibilidades antes de agir, é natural que se
dessem bem, apesar de suas diferenças. O Capitão América já atua mais
como um irmão mais velho para a equipe, enquanto Thor, visitante de
outro mundo, observa os demais ainda sem se aproximar demais, mas sempre
presente para proteger e ajudar seus novos camaradas.
Vamos lembrar
que Joss Whedon é um nerd de marca maior. Como tal, ele sabe o que os
fãs de quadrinhos querem ver nos filmes, assim como também tem uma boa
ideia de qual a melhor maneira de atrair o público que não
necessariamente cresceu com estes personagens. As interações entre o
elenco satisfazem os seguidores da Marvel, assim como irão abrir um
sorriso em quem nunca pegou um gibi nas mãos, mas aprendeu a gostar
destes seres super poderosos com o passar dos últimos anos.
Um excelente exemplar de filme de ação que tem a cabeça e o coração nos lugares certos.
As atuações são
espetaculares e mostram como uma boa direção pode fazer um elenco
variado render. Nenhum personagem é esquecido, ninguém é deixado de lado
e não existe “um” astro em meio a todos, a estrela do filme é de fato o
grupo.
A Viúva Negra
(Scarlett Johansson) por exemplo, recebeu um papel bem maior. Enquanto
em “Homem e Ferro 2” ela passou a maior parte do tempo parada,
carrancuda e sendo linda, aqui ela atua muito mais. Não apenas como uma
chutadora de bundas oficial, mas também demonstrando que em termos de
inteligência e engenhosidade, nada deve a aqueles que a cercam.
Mark Ruffalo,
como estreante em meio aos heróis, criou um excelente Bruce Banner. Ele
passa calma, tranquilidade e comedimento, mas podemos perceber também
uma certa exaustão, provavelmente causada por sua eterna necessidade em
conter o monstro que habita seu interior, bem como sua eterna busca por
redenção, por algo do qual não tem controle ou culpa.
Claro, não
podemos esquecer de Tom Hiddleston e sua impecável caracterização de
Loki. Ele criou um vilão odioso, mas capaz de despertar uma certa
empatia quando percebemos que toda a sua ganância vem de um imenso
complexo de inferioridade e uma necessidade absoluta de ser querido.
Claro, isso não o redime de nenhum de seus pecados, mas o torna mais
assustador, pois aquilo que faz dele um psicopata, homicida e
megalomaníaco, são características bem humanas que todos carregamos
conosco.
Estes são
apenas exemplos básicos. Eu poderia passar o dia descrevendo e elogiando
cada atuação, mas no final as contas este é um filme de ação e se a
mesma não funcionar, tudo mais está perdido.
Felizmente, ela funciona.
Como é de praxe
em Hollywood no momento, “Os Vingadores” é cheio de computação gráfica.
Mas diferente do que acontece em muitas produções, ela não é um mero
pretexto para se encher a tela de coisas móveis que justifiquem o preço
do ingresso em uma sessão 3D. De fato, aqui os efeitos visuais são
usados de forma inteligente e parecem nunca se tornar excessivos, mesmo
quando um gigante verde e um homem numa armadura dourada enfrentam
alienígenas pelas ruas de Nova York.
As lutas também
são muito bem dirigidas, cheias de dinamismo mas sem cairem no erro de
tornarem-se frenéticas demais. Assimilar o que acontece na tela é
automático, graças também a presença do elenco principal, que sem dúvida
faz seu melhor para tornar as batalhas grandiosas em algo plausível.
Houve também um
trabalho especial do diretor em focar-se nas habilidades especiais de
cada herói; Hulk e Thor fazem uso da força bruta, Homem de Ferro e
Capitão América são estrategistas, enquanto Viuva Negra e Gavião
Arqueiro (Jeremy Renner) oferecem um suporte tático imprescindível para o
sucesso dos demais.
Toda esta
variação evita o marasmo que poderia vir de um grupo que apenas utiliza
artes marciais na hora de combater seus inimigos. Sempre que o foco da
ação muda, a mesma também o faz e o espectador permanece grudado na
poltrona, atento a cada movimento diante de seus olhos e sem o risco de
ficar entediado.
Resumindo, “Os
Vingadores” possui bons diálogos, bom desenvolvimento de personagens,
ótimas atuações e cenas de ação eletrizantes, tudo misturado com a
perfeição exigida de uma obra com tamanha magnitude.
Honestamente, ninguém poderia pedir mais.
Antes de
encerrar, quero fazer um adendo mais pessoal. Ao final de “Os
Vingadores”, todos os presentes na sala de cinema estavam tão
impressionados que a sala inteira explodiu em aplausos. Uma plateia
inteira de fãs de quadrinhos, um dos públicos mais difíceis de agradar
de que se tem notícia, aprovou a produção sem nenhuma ressalva.
Joss Whedon,
você tinha uma missão difícil em mãos e a cumpriu com maestria. Não
merece menos do que nossa gratidão e respeito. Agora, desejamos apenas
que você volte para a inevitável continuação e dê a estes heróis, mais
uma vez, a dignidade que eles merecem.
Garanto que nos ergueremos e o aplaudiremos novamente.
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